APOCALIPSE
Estou bem, mas o mundo dói
Há sofrimento nos quatro cantos
águas iradas , ventos trans/tornados,
tremores em velhos alicerces colhendo almas
Paraísos verdes sobejam esperança,
flores vibrantes abraçam-me de Sol
Leio mais quatro livros, mas todas as letras
levam-me ao livro do apocalipse
que a vida me traz por uma janela rasgada,
por homens que enjaulam homens,
sexos aidéticos
Por animais de matança
que arderão em grelhas dos
descaminhos regados a álcool ,
combustível de almas ilhadas no Ego,
alienadas do Universo
O planeta parece virar-se do avesso
tentando encontrar corações renovados de Amor
que flutuarão no futuro
do mundo mais puramente Cristão
Cléo Reis
Natural Spá
Maio-2008
Enchente na China
TEMPLO ÌNTIMO
Já não nego o meu céu interior,
mel da cultura que semeamos
saudade dos versos vividos
amigos que abraçamos
Revivo a cada dia neste mundo
a filosofia universal que partilhamos
em colóquios profundos,
relembro ideais juntos realizados
Solidifico o psiquismo que uniu nossas almas
Glorifico o amor que fortaleceu meu coração
e balsamizou as dores da lida
Louvo a poesia - ensinou-me a sublimar a vida,
e o tempo ao mostrar que a ausência não enfraquece o afeto
Divinizo o sonho que pode tornar eterna a juventude !
PURIFIQUE O SEU VASO
Toxinas da alma
arregalam portas
às peçonhas da matéria
Queixumes, maledicência
preconceitos, egoísmo
presunção, desamor
são mazelas do coração
aprofundando problemas
danificando laços, gerando dor
Vícios retardam o Bem na Evolução
Hábitos negativos atormentam almas
fomentam os males da obsessã.
É meta urgente e preciosa
purificar o vaso físico
para acolher rosas e brisas
perfumadas do Amor Cristão
POESIA
A poesia passa a limpo a minha alma
ora em busca angustiada
ora em doce ilusão
Versos ondulam ventos
mares e luas do meu céu
Rimas nobres fazem brisa
serenam o coração
O amor germina
no espelho o sorriso
A poesia faz encontros
e falas mansas que me impedem
o precipício final
A sua Essência é Poema
e a palavra na sua voz
é ponte para qualquer Infinito
Cléo Reis
Esta no livro: AVE, PALAVRA!
Antologia Poética – 2010- Ribeirão Preto-SP
FUNPEC - Editora
MANSUETUDE
Deixe-se encantar por tudo
que é Belo, meigo e doce
Veja tudo com
o azul do céu em seus olhos
Deixe derramar o amor,
transbordar a Paz
Refletir no outro
a Luz do Criador
Deixe-se levar pelo ideal Cristão
Dê as mãos aos irmãos
do caminho,
fortaleça o Trigal
Deixe as asas do Bem
plainar o mundo
Edificando o Amor Universal
LABIRINTO DO AMOR
Enterrei-me em livros e cadernos
Resumi Poetas
Clássicos e Modernos
Tentei passar a limpo
a História Universal
e todas as narrativas de Amor
desde Adão e Eva
Queria descobrir
para o Amor impossível,
nos labirintos do coração arrebatado,
uma saída
num último suspiro de ausência
no túnel final dos
longos momentos de tormento
Não queria seguir
morta e viva
viva e sofrendo
Nessa secular espera
sublimei quimeras, respiro paz
Mas não consegui mudar a história:
alimenta minha alma a melhor dor
a dor do Amor
LAMENTO
Morrerei num último suspiro
de ausência
Longos momentos
de tormento
Morta e viva...
viva e sofrendo
Secular espera,
se não for amor
tudo mais será quimera
Olhos únicos
que aos meus preenchem
Alma única
que a minha essência
ama
Falas mansas
repousam meu coração róseo
prenhe de sonhos
A ternura fecundou a esperança/
Dançam na brisa
o silêncio da busca
e o último pulsar de resignação
SUA VOLTA
Estarei esperando
a sua volta sorridente
e o seu caso bem contado
Estarei esperando
sem culpa pela saudade insofrida
Nas pegadas da sua essência
fica Paz , fica Vida
Esperarei passiva
O seu existir
cria a serenidade
dos meus dias
A sua volta
é sempre um sonho de alegria
RESILIÊNCIA
A saudade tirou-me o lume
Atolou-me no nada
Há sombras de mangas de camisa
arregaçadas
Luz do perfil que perambulava
rápido e sereno entre afazeres
Vestígios rasgam a madrugada
Aspiro ainda o perfume que
há muito não existe
Ideais viraram nostalgia
Beija- flores tentam consolar-me
Flores nem esperam a primavera para me abraçar
Receio perder a capacidade de sonhar com você
e não restar mais nada para
livrar-me do mortal abismo
dessa ausência insublimável
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