terça-feira, 31 de maio de 2011

Brotação Poética - novos poemas

APOCALIPSE

    Estou bem, mas o mundo dói
    Há sofrimento nos quatro cantos
águas iradas , ventos trans/tornados,
tremores em velhos alicerces colhendo almas
   Paraísos verdes sobejam esperança,
flores vibrantes abraçam-me de Sol
   Leio mais quatro livros, mas todas as letras
levam-me ao livro do apocalipse
que a vida me traz por uma janela rasgada,
por homens que enjaulam homens,
sexos aidéticos
  Por animais de matança
que arderão em grelhas dos
descaminhos regados a álcool ,
combustível de almas ilhadas no Ego,
alienadas do Universo
   O planeta parece virar-se do avesso
tentando encontrar corações renovados de Amor
que flutuarão no futuro
do mundo mais puramente Cristão

Cléo Reis
   Natural Spá
   Maio-2008
   Enchente na China



TEMPLO ÌNTIMO

Já não nego o meu céu interior,
mel da cultura que semeamos
saudade dos versos vividos
amigos que abraçamos

Revivo a cada dia neste mundo
a filosofia universal que partilhamos
em colóquios profundos,
relembro ideais juntos realizados

Solidifico o psiquismo que uniu nossas almas
Glorifico o amor que fortaleceu meu coração
e balsamizou as dores da lida

Louvo a poesia - ensinou-me a sublimar a vida,
e o tempo ao mostrar que a ausência não enfraquece o afeto
Divinizo o sonho que pode tornar eterna a juventude !


PURIFIQUE O SEU VASO

Toxinas da alma
arregalam portas
às peçonhas da matéria

Queixumes, maledicência
preconceitos, egoísmo
presunção, desamor

são mazelas do coração
aprofundando problemas
danificando laços, gerando dor

Vícios retardam o Bem na Evolução
Hábitos negativos atormentam almas
fomentam os males da obsessã.

É meta urgente e preciosa
purificar o vaso físico
para acolher rosas e brisas
perfumadas do Amor Cristão


POESIA

A poesia passa a limpo a minha alma
ora em busca angustiada
ora em doce ilusão

Versos ondulam ventos
mares e luas do meu céu
Rimas nobres fazem brisa
serenam o coração

O amor germina
no espelho o sorriso

A poesia faz encontros
e falas mansas que me impedem
o precipício final

A sua Essência é Poema
e a palavra na sua voz
é ponte para qualquer Infinito

     Cléo Reis
     Esta no livro: AVE, PALAVRA!
     Antologia Poética – 2010- Ribeirão Preto-SP
     FUNPEC - Editora



MANSUETUDE

Deixe-se encantar por tudo
que é Belo, meigo e doce

Veja tudo com
o azul do céu em seus olhos

Deixe derramar o amor,
transbordar a Paz
Refletir no outro
a Luz do Criador

Deixe-se levar pelo ideal Cristão
Dê as mãos aos irmãos
do caminho,
fortaleça o Trigal

Deixe as asas do Bem
plainar o mundo
Edificando o Amor Universal



LABIRINTO DO AMOR

Enterrei-me em livros e cadernos
Resumi Poetas
Clássicos e Modernos

Tentei passar a limpo
a História Universal
e todas as narrativas de Amor
desde Adão e Eva

Queria descobrir
para o Amor impossível,
nos labirintos do coração arrebatado,
uma saída

num último suspiro de ausência
no túnel final dos
longos momentos de tormento

Não queria seguir
morta e viva
viva e sofrendo

Nessa secular espera
sublimei quimeras, respiro paz
Mas não consegui mudar a história:
alimenta minha alma a melhor dor
a dor do Amor


LAMENTO

Morrerei num último suspiro
de ausência

Longos momentos
de tormento

Morta e viva...
viva e sofrendo

Secular espera,
se não for amor
tudo mais será quimera

Olhos únicos
que aos meus preenchem

Alma única
que a minha essência
ama

Falas mansas
repousam meu coração róseo
prenhe de sonhos

A ternura fecundou a esperança/

Dançam na brisa
o silêncio da busca

e o último pulsar de resignação


SUA VOLTA

Estarei esperando
a sua volta sorridente
e o seu caso bem contado

Estarei esperando
sem culpa pela saudade insofrida
Nas pegadas da sua essência
fica Paz , fica Vida

Esperarei passiva
O seu existir
cria a serenidade
dos meus dias
A sua volta
é sempre um sonho de alegria


RESILIÊNCIA

A saudade tirou-me o lume
Atolou-me no nada

Há sombras de mangas de camisa
arregaçadas
Luz do perfil que perambulava
rápido e sereno entre afazeres

Vestígios rasgam a madrugada
Aspiro ainda o perfume que
há muito não existe

Ideais viraram nostalgia
Beija- flores tentam consolar-me
Flores nem esperam a primavera para me abraçar

Receio perder a capacidade de sonhar com você
e não restar mais nada para
livrar-me do mortal abismo
dessa ausência insublimável

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